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Rua João Brícola, 59

João Brícola (1853-1914) era banqueiro e foi tesoureiro voluntário da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Faleceu aos 61 anos deixando vários bens para a entidade, mesmo sendo casado com Josefina Paes Briccolla, com quem teve dois filhos, seus herdeiros.

Sobre o local

O prédio de 11 andares foi construído entre 1953 e 1955 pela empresa Leandro Dupré Construções com projeto de Gustavo R. Caron.

 

Em 25 de fevereiro de 1956 foi noticiada na edição de domingo do jornal O Estado de São Paulo a inauguração da nova sede do Banco Itaú S/A na Rua João Brícola, 59, com a presença de diretores da instituição, do então secretário da fazenda, Carvalho Pinto e do Cardeal arcebispo metropolitano de São Paulo Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Mota que além de presidir a cerimônia, cortou a fita inaugural.

 

Naquele momento, o Banco Itaú era controlado pelos primos José Balbino de Siqueira e Joaquim Mário de Souza Meirelles. Estava oficialmente inaugurado o “Edifício Banco Itaú” que possuía por volta de seis agências em São Paulo e outras poucas unidades pelo país. O banco não ocupava todo o prédio, uma vez que ainda em 1958  estava disponível para ser alugado o 10º andar, com 468 metros quadrados de área.

 

Em 1967, o Banco Itaú, agora controlado pelas famílias Villela e Setúbal, desocupou o imóvel da Rua João Brícola e se mudou para as novas instalações da Rua Boa Vista,176.

Em 1969, o prédio pertencia ao empresário J.J. Abdala. A diretoria do Banco Mercantil de São Paulo estava procurando um local para instalar o que seria a sua “Agência Central” e passou a ocupar o imóvel, permanecendo ali até a conclusão do Edifício Mercantil-Finasa na Rua Líbero Badaró, 393, para onde se mudou em fevereiro de 1978.

Antônio Luiz Lang, proprietário da revenda Volkswagen Savena, adquiriu o Banco Expansão em 1980 , alterou o nome para Banco Savena e alugou o imóvel. Em 1983 a sua rede de agências foi vendida para o Bradesco que comprou o banco no ano seguinte.

Com a decadência e o esvaziamento pelo qual passou o centro de São Paulo, as empresas financeiras se mudaram para outras áreas da cidade de São Paulo e o prédio ficou terrivelmente abandonado. 

Em 2018 o imóvel foi adquirido pela B3 e no andar térreo foi instalada a sexta unidade da IL Barista Cafés Especiais, da empresária Gelma Franco e, ao fundo, geralmente o espaço é dedicado à exposições artísticas.

Apesar de a fachada do prédio ser decorada com moedas e de ter sido ocupada por algumas instituições financeiras, nunca foi a "casa da moeda" como muitos pensam.

Fonte: São Paulo Antiga (com alterações do autor)

Curiosidades

O edifício quando estava em seu pior momento, serviu de cenário para a gravação da série brasileira intitulada 3%, veiculada pela Netflix.

As moedas dispostas na fachada representam vários períodos da história monetária brasileira, com um total de 13 reproduções. A ordem do verso e do anverso não está disposta de forma correta e não é possível afirmar que em algum momento da história essas moedas tenham sofrido mudanças de posição.

As moedas representam:

100 Réis (verso) níquel (1871-1875), 200 Réis (verso) níquel (1871-1874) e níquel (anverso de ambas / Brasão do Império)
2000 Réis (anverso / D.Pedro II) prata (1886-1889) e seu respectivo verso
300 Réis (anverso / Carlos Gomes) cupro-níquel (1936-1938) e seu respectivo verso
2000 Réis (anverso / Duque de Caxias) bronze e alumínio (1936-1938) e seu respectivo verso
400 Réis (anverso / Figura da República) cupro-níquel (1918-1935) e seu respectivo verso
20 centavos (anverso / Rui Barbosa) bronze e alumínio (1948-1956) e seu respectivo verso

Em 2017, aproximadamente 200 moradores de rua tentaram invadir o prédio, mas foram impedidos pela Polícia Militar.

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